O Comitê de Infraestrutura do Movimento Pró-Paraná e do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) recebeu, nesta terça-feira (2/7), representantes do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) para comentar sobre hidrogênio verde e crédito de carbono. Participaram da reunião o diretor-presidente, Celso Kloss, e a diretora de Tecnologia e Inovação, Simone Campos.
Após abertura do evento feita pelo presidente do Pró-Paraná, Marcos Domakoski, e apresentação do convidado feita pelo coordenador do Comitê, Luís Roberto Bruel, o diretor-presidente deu início à sua fala pontuando os projetos da Tecpar em relação à transição energética, visando a eficiência de carbono e o uso do hidrogênio.
A palavra foi passada então ao professor Eduardo Felga Gobbi, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que está auxiliando o Tecpar nos estudos sobre transição energética. Gobbi explicou sobre o projeto em questão, relembrando a criação da Lei nº 21.454, de 2023, que dispõe sobre os parâmetros de incentivo ao uso de hidrogênio renovável no Paraná.
Neste contexto, o professor destacou a oportunidade de criar um ambiente não apenas no que tange o hidrogênio renovável, mas toda a transição energética. Assim, Gobbi ressalta a necessidade da inversão da matriz energética mundial de 80% carbonizada e 20% renovável para, até 2050, 80% renovável e 20% carbonizada. De acordo com o professor, o Brasil conta com uma matriz energética de, aproximadamente, 50/50. Com isso, o Tecpar propôs o Laboratório de Transição Energética, sendo um facilitador do processo de transição energética.
No que diz respeito às áreas em que o carbono será creditado, Simone ressaltou que o Tecpar é o órgão responsável pela vistoria e certificação do inventário apresentado. Contudo, a diretora apontou que as dificuldades estão alocadas nas etapas pós certificação, visto que o Instituto age então como contribuinte e apoiador dos compradores desta determinada área.
Ao final do encontro, o espaço foi aberto para contribuições e questionamentos dos demais participantes.