Na reunião semanal desta terça-feira (6), promovida pelo Comitê de Infraestrutura do Movimento Pró-Paraná e do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP), foram atualizadas questões relativas ao transporte. Também esteve em pauta a importância do programa Paraná Energia Sustentável, lançado na segunda-feira (5), no Palácio Iguaçu com a presença dos presidentes do Pró-Paraná, Marcos Domakoski, e do IEP, Nelson Luiz Gomez.
Na abertura do encontro virtual, Gomez fez um relato da participação das entidades na solenidade da véspera.
Em seguida, João Arthur Mohr, da FIEP, atualizou as questões relativas ao transporte rodoviário e ferroviário. Ele explicou algumas benfeitorias que serão feitas pelas concessionárias, como a instalação de câmeras de segurança “inteligentes”, com tecnologia automatizada nos 3.300 Km de vias e a interligação do monitoramento eletrônico com o sistema da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Paraná, o que irá proporcionar mais segurança e rapidez no atendimento aos usuários e no transporte de cargas.
O coronel Manoel Jorge dos Santos Neto, da Federação das Empresas de Transportes de Cargas do Paraná (Fetranspar), chamou a atenção para a composição do Conselho de Usuários, que deve ser implementado com o novo contrato de concessão das rodovias. “Considero imprescindível a participação de algumas instituições, como a Fetranspar, no conselho e acredito que todo o nosso sistema produtivo precisa participar ativamente. É uma condição que precisa ser imposta com o objetivo de podermos dizer do que realmente precisamos nas rodovias do Paraná”, afirmou.
Ferrovias
O economista Luis Fayet destacou a sua preocupação quanto ao sistema ferroviário. “Na minha opinião, o sistema ferroviário não dá condições para as empresas investirem. Enquanto não houver a aprovação do Projeto de Lei 261, que está no Senado e dispõe sobre a exploração indireta, pela União, do transporte ferroviário em infraestruturas de propriedade privada, autoriza a autorregulação ferroviária e disciplina o trânsito e o transporte ferroviário, não haverá segurança jurídica. E isso é deplorável. Ninguém fará investimentos sem ter informações detalhadas”, pontuou. O debate sobre a infraestrutura ferroviária se intensificará nos próximos meses, sobretudo depois que estiver definido o modelo de concessão rodoviária do Paraná, em discussão no momento.
Acompanhamento
Luiz Roberto Bruel, responsável pela condução do comitê, disse que fica claro que será necessário um acompanhamento contínuo de assuntos ligados ao pedágio e à energia. “É necessária a vigilância permanente. No caso dos pedágios, após definidas as novas concessões, em novo modelo, precisamos ver, por exemplo, quem fará parte dos comitês de usuários”, afirmou. “O que buscamos é uma sinergia em prol do Paraná”.
Gomez reafirmou que o propósito do comitê é debater o que interessa à infraestrutura e ao desenvolvimento do Paraná.