Pró-Paraná e IEP conhecem o PDE 2030 e o PNE 2050

O Comitê de Infraestrutura do Movimento Pró-Paraná e do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) recebeu na reunião semanal desta terça-feira (13/7) o superintendente da Diretoria de Estudos de Energia Elétrica da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Bernardo Folly de Aguiar, e o consultor técnico da EPE, Luciano Basto Oliveira. Ambos estão entre os responsáveis por elaborar o Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 (PDE 2030) e o Plano Nacional de Energia 2050.

Os estudos do Plano Decenal subsidiam, por exemplo, decisões de política energética e fornecem ao mercado informações que permitem a análise do desenvolvimento do sistema elétrico e das condições de adequabilidade de suprimento sob diferentes cenários futuros possíveis.

Os membros do comitê puderam conhecer em detalhes o Plano Decenal de Expansão de Energia 2030, que indica as perspectivas da expansão do setor de energia no horizonte de dez anos (2021 – 2030) dentro de uma visão integrada para os diversos energéticos, e o Plano Nacional de Energia 2050, um conjunto de recomendações e diretrizes a serem seguidas ao longo do horizonte de 2050.

O presidente Pró-Paraná, Marcos Domakoski, abriu os trabalhos reforçando a importância das reuniões semanais do comitê de infraestrutura, que vem discutindo assuntos de interesse geral do Paraná, como o novo modelo das concessões rodoviárias, o marco legal do saneamento, obras estruturantes do litoral, questões do setor energético, além da elaboração de notas técnicas.

Planos

O engenheiro Bernardo Folly de Aguiar começou esclarecendo que no final de 2019 foi aprovado um novo critério de suprimento, que é o balizador para dimensionar o sistema. “A grande novidade que o balizador trouxe foi a dimensão de energia e de potência. No horizonte decenal, teremos também uma restrição de potência, o que no passado não ocorria, uma vez que comprávamos energia e ganhávamos a potência de graça, com a abundância das hidrelétricas. Nessa transição de novas fontes de energias mais baratas, já não recebemos essa potência requerida agregada”, explicou.

Após as apresentações dos planos, os integrantes do comitê puderam fazer questionamentos aos palestrantes. O coordenador do comitê, Luiz Roberto Bruel, pontuou que houve um crescimento na utilização de hidrelétricas, mas que não se pensou em termos de armazenagem em reservatórios, uma forma de se resolver problemas de ponta do sistema. “Na parte de aproveitamento de potencial hidrelétrico para o futuro, 77% fica dentro de áreas de proteção. Seriam interessantes estudos para se aproveitar esse potencial”, sugeriu.

Os participantes destacaram a discussão de qualidade trazida pelos membros da EPE e o presidente do IEP, Nelson Gomez, elogiou o trabalho feito nos planos, que considerou ter “raiz e profundidade”. O material deverá ser analisado pelo Comitê em detalhes. O grupo de trabalho do Pró-Paraná e do IEP manifestou o desejo de convidar os palestrantes para uma nova apresentação em breve, para conhecer as diretrizes previstas para o Paraná no Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 (PDE 2030) e no Plano Nacional de Energia 2050.

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