O Comitê de Infraestrutura do Movimento Pró-Paraná e do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) debateram, durante a reunião semanal realizada nesta terça-feira (19/7), sobre o Plano Safra 2023-204 e apresentaram sugestões dos Projetos de Leis apresentados pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (CREA-PR).
Durante a saudação inicial, o presidente do Pró-Paraná, Marcos Domakoski, comentou sobre sua presença na reunião promovida no dia 17 de julho pela Toca, confraria do Clube Curitibano, na qual foi convidado a apresentar as bandeiras defendidas pela entidade.
A abertura do evento contou ainda com falas do presidente do IEP, José Carlos Dias Lopes da Conceição, que saudou os convidados e ressaltou a importância do debate acerca dos assuntos em pauta.
O encontro foi dividido em dois blocos e, após breve apresentação dos convidados realizada pelo coordenador do Comitê, Luís Roberto Bruel, o primeiro assunto a ser debatido foi apresentado pelo assessor de Relações Parlamentares e Empresariais do CREA-PR, Euclésio Manoel Finatti.
Finatti deu início a sua fala dando uma breve introdução sobre o Conselho Regional e as pautas que estão sendo trabalhadas na atual gestão. O assessor explicou então como foi feito o processo de elaboração de 25 propostas apresentadas à Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), por meio da Frente Parlamentar coordenada pelo deputado Fabio Oliveira, presente na reunião passada do Comitê. Dentre as exibidas, destacou a assistência técnica pública e gratuita para habitação de interesse social e a regulamentação da expansão urbana em áreas de manancial e preservação.
O assessor discursou então sobre os próximos passos da Frente Parlamentar e ressaltou a importância de acompanhar os Projetos de Leis que serão apresentados à ALEP ainda em 2023 e a constância na comunicação direta com representantes do governo para que as reivindicações do Conselho sejam atendidas de forma ágil e dinâmica.
Após a abertura do espaço para contribuições e questionamentos dos demais participantes sobre o tema apresentado, foi dado início à segunda etapa do encontro, que contou com palestra do engenheiro Eugenio Libreloto Stefanelo, membro do Conselho Deliberativo do Pró-Paraná.
No início de sua fala, Stefanelo discorreu sobre o crédito no Brasil e as metas de inflação, comentando sobre como estes fatores afetam o modal agrícola, apontando que o agronegócio representa 24,5% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e que a participação do Paraná equivale a 12,8%, sendo 93,6% representado pelas lavouras.
Após apresentação de dados do Plano Safra 2023/24, incluindo o volume de recursos por benefício, o montante total de recursos anunciado e a taxa de juros por linha de crédito, Stefanelo mostrou os comparativos de investimentos nas safras de 2022/23 e 2023/24 e levantou os pontos de destaque, focados nos médios e demais produtores. Entre eles, figuram o aumento do montante de recursos para investimento na ordem de 30% quando comparado com a safra anterior e do montante de recursos aplicados no apoio à comercialização; além do fortalecimento dos sistemas de produção ambientalmente sustentáveis com a criação de linhas específicas. No quesito agricultura familiar, Stefanelo apontou como destaque a redução das taxas de juros e os programas Proagro Mais e Garantia Safra, além da assistência técnica e extensão rural.
Por fim, o engenheiro apresentou os pontos de atenção. Para os médios e demais produtores foram apontados a elevada participação dos recursos livres para atendimento dos demais produtores e cooperativas, a manutenção das taxas de juros e do limite de financiamento para o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA). Em relação à agricultura familiar, Stefanelo apontou o limite de financiamento de custeio, fixado em R$ 250 mil, e a renda bruta de enquadramento, marcada em R$ 500 mil.
Ao final do encontro, o espaço foi novamente aberto para as contribuições dos demais membros do Comitê.
