O Comitê de Infraestrutura do Movimento Pró-Paraná (MPP) e do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP), discutiu, na reunião semanal realizada nesta terça-feira (30/9), o potencial da utilização do biometano.
A saudação inicial na reunião foi feita pelo pelo presidente do IEP, Nelson Gomez. Na sequência do encontro, o palestrante e responsável pela exposição do tema, Felipe Marques, presidente do Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás), foi apresentado pelo coordenador do Comitê, Luís Roberto Bruel.
No início da exposição, o convidado explicou um pouco sobre o trabalho da CIBiogás, uma Instituição de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICT+i), dedicada ao desenvolvimento do biogás como recurso energético limpo e competitivo, com o objetivo de promover o mercado de energias renováveis.
Na sequência, destacou a participação da Compagás, FIEP, Itaipu Binacional, Itaipu Parquetec, UBE, FAEP e Frimesa nos conselhos administrativo e fiscal da instituição, que já possui mais de 15 anos de atuação no campo das pesquisas sobre o biogás.
Após explicar, de forma geral, no que consiste biogás e em como é feito seu tratamento e purificação, Marques pontuou as principais maneiras para a produção do composto gasoso, com destaque para o saneamento, resíduos industriais, resíduos do agronegócio, energia elétrica, energia térmica, biometano, hidrogênio e combustíveis avançados e biofertilizante.
Quanto ao trabalho realizado no laboratório de biogás da empresa, o convidado destacou os mais de 400 tipos de substratos já analisados em mais de 49 mil ensaios laboratoriais.
Acerca das pesquisas, reforçou o projeto que envolve o uso de biogás e hidrogênio verde na produção de combustíveis de aviação, que representa a primeira planta piloto que viabiliza uma nova rota de produção de Bioquerosene de Aviação. Para o especialista, o projeto merece destaque principalmente ao considerar que a aviação emite 17 milhões de toneladas de CO2eq.
Ao final da fala, apresentou algumas das perspectivas futuras a curto prazo, com enfoque em produtos de energia elétrica migrando para biometano, na pressão feita aos fornecedores advinda da necessidade de produzir equipamentos no Brasil em custo competitivo, da junção do uso de gás natural e CGOB, dentre outros.