O Comitê de Infraestrutura do Movimento Pró-Paraná e do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) recebeu, na reunião semanal dessa terça-feira (22/7), Rodrigo Vilaça, presidente de Infraestrutura e Logística do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), para falar sobre logística ferroviária no Brasil.
A abertura do encontro foi feita pelo presidente do Pró-Paraná, Marcos Domakoski, que deu as boas-vindas aos participantes. Em seguida, o convidado foi apresentado pelo coordenador do Comitê de Infraestrutura, Luís Roberto Bruel.
Em sua fala, Vilaça parabenizou as iniciativas do Comitê e do Movimento Pró-Paraná em defesa de pautas estratégicas para o desenvolvimento do estado, como as melhorias no Aeroporto Afonso Pena, o avanço do projeto Moegão e os esforços voltados à modernização das rodovias estaduais. Destacou ainda como o Paraná, apesar dos desafios logísticos, se diferencia por contar com matriz energética limpa e baixas emissões de carbono também no setor ferroviário, o que representa um diferencial competitivo no cenário nacional e internacional.
O executivo ressaltou, porém, que a Região Sul está um pouco atrasada em relação à malha ferroviária, especialmente quando comparada a outras regiões do país, como o Sudeste e o Centro-Oeste. Segundo ele, esse atraso reflete a necessidade urgente de investimentos e políticas que acelerem o desenvolvimento da Malha Sul, fundamental para integrar melhor o Paraná ao restante do sistema ferroviário nacional.
Ao tratar do acesso e distribuição portuária, Vilaça pontuou que, no Brasil, os grandes projetos logísticos ainda partem predominantemente do modal rodoviário, deixando em segundo plano as ferrovias. Segundo ele, esse é um problema que afeta não apenas o Porto de Paranaguá, mas também diversos distribuidores nos estados do Sudeste, que enfrentam entraves semelhantes. Como alternativa, destacou a importância de integrar a produção do Centro-Oeste à malha ferroviária que conecta o porto paranaense, fortalecendo a competitividade do estado no mercado exportador.
Vilaça também ressaltou que o Paraná já se destaca internacionalmente pela produção com menor impacto ambiental, o que desperta interesse de compradores europeus. Nesse contexto, o transporte ferroviário não apenas reduz emissões, mas também se apresenta como uma solução mais ágil e segura para o escoamento da produção, contribuindo para desafogar as rodovias e consolidar o perfil sustentável do estado.
Ao final, os participantes discutiram ainda a necessidade de políticas públicas e incentivos para a ampliação da malha ferroviária, a modernização da infraestrutura logística e a importância de integrar os diferentes modais para tornar o transporte nacional mais eficiente e competitivo.
