Comitê de Infraestrutura debate investimentos no setor de gás

O Comitê de Infraestrutura do Movimento Pró-Paraná e do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) recebeu, em sua reunião semanal, nesta terça-feira (05/04), o presidente da Companhia Paranaense de Gás (Compagas), Rafael Lamastra Junior; o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon e o diretor de estratégia e mercado da Abegás, Marcelo Mendonça.

Após a saudação inicial do presidente interino do Pró-Paraná, Mario Pereira, e do presidente do IEP, Nelson Luiz Gomez, Salomon comentou sobre os gargalos e oportunidades do setor de gás no Paraná, no Brasil e no mundo. Mencionou ainda que o Brasil tem 45 mil km de gasodutos e uma rede de redistribuição de gás com grande mercado importador, mas enfrenta alguns problemas como gargalos de produção, crise hídrica e o fim do contrato com as distribuidoras. Comentou também que a Petrobrás, em 2015, realizou um desconto de 33% no gás, além de comprar o produto por US$ 2 e revender a US$ 9 para o consumidor final.

Lamastra, por sua vez, observou que há um grande descaso do governo federal com o setor, que necessita de uma gestão com visão de longo prazo, a fim de que sejam realizadas ações estratégicas para seu fortalecimento. No encontro, Mendonça abordou ainda a necessidade de reestruturação nos investimentos e na regulação do gás natural que, com a guerra, teve um realinhamento de ofertas de GNL, com maior interesse na Europa.

Para os especialistas, o Brasil necessita, para o futuro, de mais três rotas com o objetivo de viabilizar o transporte do gás, sendo citado o chamado Gasoduto do Chimarrão, um novo traçado sulista com grande potencial para o estado do Paraná.

Foram mencionados os novos terminais de GNL e gasodutos de transporte: Terminal Barcarena/PA, Terminal de Santos/SP, Terminal gás Sul/SC e o Terminal SUAPE/PE e destacado o fato de que o setor recebeu US$ 32 bilhões em investimentos, divididos em ofertas de gás natural, GNL, desenvolvimento de novos terminais de regaseificação, escoamento em novos gasodutos, construção de novas unidades de processamento de gás natural (UPGNs) para reforço no transporte, expansão da rede de distribuição e estocagem.

Ficou claro que o gás natural é um combustível de transição energética que precisa chegar em todas as regiões do país. O Brasil apresenta um potencial de biometano que deve ser melhor aproveitado e requer um desenvolvimento dos Corredores Logísticos e também a ampliação do uso de gás natural e biometano em veículos pesados.

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