O Comitê de Infraestrutura do Movimento Pró-Paraná e do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP), discutiu, na reunião semanal realizada nesta terça-feira (15/7), a infraestrutura e os projetos ferroviários do país.
Esta semana, a saudação inicial na reunião foi feita pelo presidente do Pró-Paraná, Marcos Domakoski. Seguindo o encontro, o palestrante e responsável pela exposição do tema, Luiz Henrique Teixeira Baldez, presidente executivo da Associação Nacional dos Usuários de Transporte de Carga (ANUT), foi apresentado pelo coordenador do Comitê, Luís Roberto Bruel.
O especialista iniciou sua exposição apresentando o trabalho realizado pela ANUT, trazendo os principais números envolvendo o crescimento econômico nacional, por meio de um comparativo com grandes economias globais nos últimos 10 anos. Baldez alertou para o crescimento de apenas 8% no Brasil, o qual relaciona-se com a baixa infraestrutura, considerada fundamental para o aprimoramento econômico de uma nação.
Na sequência, abordando o cenário ferroviário do país, indicou que os números ainda são baixos em comparação às rodovias, já que as ferrovias possuem apenas 30.000 km concessionados e 12.000 km em plena operação.
Para compreender de que forma a infraestrutura ferroviária do Brasil pode caminhar em direção à modernização, Baldez apresentou a visão do mercado sobre o assunto. Ele expôs os pontos de vista do poder concedente, que necessita de uma regulação mais equilibrada e que haja harmonia dos interesses; do investidor, que busca segurança jurídica, regras estáveis e licenças com tempestividade; e do usuário, que prioriza um aumento de qualidade dos serviços e custos competitivos.
Projetando o cenário futuro, o convidado pontuou que a movimentação ferroviária nacional em 2024 envolveu 542 milhões de toneladas, com destaque para minério de ferro e produtos agrícolas, avaliando que até 2030 os números devem seguir estáveis.
Por fim, respondendo ao questionamento de como construir o futuro das ferrovias no Brasil, Baldez ressaltou a necessidade de se definir objetivos estratégicos e projetos prioritários, saber quais serão os incentivos ao setor privado para investimentos, qual será o modelo de negócio, dentre outros.