Comitê de infraestrutura conhece os detalhes do projeto do Porto Guará

Detalhes do projeto de Porto Guará, empreendimento privado que será complementar ao Porto de Paranaguá, foram o tema da reunião virtual do Comitê de Infraestrutura do Movimento Pró-Paraná e do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) nesta terça-feira (5/10).

O comitê recebeu uma vez mais Xênia Arnt, presidente da Porto Guará, e Luiz Henrique Dividino, consultor da obra. Nesse retorno ao comitê, ambos falaram sobre o andamento do projeto.

Apresentado oficialmente em 2018, o Porto Guará envolve uma área de 2 milhões de metros quadrados e investimento de R$ 4 bilhões em 10 anos, tendo como empreendedores as empresas La Violetera e Martini Meat. Com caráter multipropósito, o porto receberá granéis sólidos, apostando na expansão da exportação de grãos para o mercado asiático.

O terminal está sendo projeto para movimentar 35 milhões de toneladas/ano na integração com o modal ferroviário, além de 400 mil TEUs. Quando estiver em operação, o novo porto vai gerar 800 empregos diretos.
Dividino explicou que atualmente o maior problema dos portos brasileiros é o acesso terrestre. A premissa do Porto Guará é desviar o fluxo viário do centro urbano de Paranaguá. De acordo com Dividino, já foram realizadas todas as análises de risco das operações. O projeto de engenharia já conta também com a aprovação da Marinha e de órgãos competentes, com base em quase 2 anos de estudos ambientais registrados em 4 mil páginas.
Os membros do comitê levantaram questões sobre cabotagem, dragagem, processos burocráticos, entre outras.

Gás no Paraná

Dividino também falou sobre o cenário do gás natural liquefeito (GNL) no Paraná e como o produto pode atrair investimentos para o estado. “Acabamos perdendo o protagonismo e somos hoje um dos piores estados nesse assunto”, afirmou. Recentemente, o comitê conheceu pontos relativos à renovação da concessão da Compagas, que se encerra em 2024, além da possibilidade de falta de gás natural, o que alertou os membros do comitê para a necessidade de debater o tema.

Luiz Roberto Bruel, coordenador-geral do comitê, e primeiro presidente da Compagas, pontuou que existem limitações grandes para o desenvolvimento do gás, como a falta de gasoduto, o alto preço, e os desafios do gás natural liquefeito. “Precisamos nos aprofundar mais nesse assunto. Saber onde e como ele será oferecido no mercado”, pontuou.

Destaques: