Asfalto de borracha é tópico de apresentação durante encontro semanal do Comitê de Infraestrutura

O Comitê de Infraestrutura do Movimento Pró-Paraná e do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) recebeu, nesta terça-feira (30/7), o engenheiro químico Wander Omena para falar sobre os asfaltos modificados por pó de borracha de pneus.

A abertura do evento ficou a cargo dos presidentes do Pró-Paraná, Marcos Domakoski, e do IEP, José Carlos Dias Lopes da Conceição, que saudaram os presentes e destacaram a importância do debate sobre o tema em pauta.

Após breve apresentação do convidado realizada pelo coordenador do Comitê, Luís Roberto Bruel, Omena deu início a fala explicando a origem do cimento asfáltico e como este é produzido a partir do petróleo. O engenheiro químico relembrou ainda que não há no Brasil uma refinaria dimensionada para a produção do asfalto, sendo todas focadas no “fundo de processo”, que não podem ser classificadas como resíduos.

Em relação ao asfalto de borracha, conhecido por ecoflex, sua aplicação foi desenvolvida em 2001 e é utilizada amplamente até hoje em todas as rodovias do Brasil.

Após breve explicação sobre a fabricação deste composto, Omena destacou os benefícios da utilização do ecoflex e seu papel em relação ao padrão ESG (Environmental, Social and Governance – Ambiental, Social e Governança), sendo o asfalto de borracha 5,5 vezes mais eficiente no recapeamento com CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente) em comparação com o recapeamento do CBUQ com cimento asfáltico de petróleo (CAP).

Omena ressaltou ainda que as ecorodovias foram as primeiras a implementar o ecoflex nas vias, destacando a Rodovia dos Imigrantes, e que o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Paraná (DER-PR) possui especificação técnica para asfalto de borracha desde 2018.

No que diz respeito à durabilidade do ecoflex, o engenheiro químico trouxe um estudo realizado pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP) que aponta que o asfalto de borracha tem um desempenho superior ao convencional e ainda permite a redução da camada de asfalto no momento da aplicação. Tais fatores também fazem parte das ações ESG, unindo o engajamento ambiental e social.

Ainda no que tange o ESG, Omena destacou que o uso do ecoflex atende diretamente aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 9, 11, 12, 13, 14 e 15, que condizem desde a construção de infraestruturas que promovam a inclusão e sustentabilidade, fomentando a inovação, até a conservação e uso sustentável dos oceanos (confira aqui as metas de cada ODS).

Ao final do encontro, o espaço foi aberto para contribuições e questionamentos dos demais participantes.

Destaques: