O Comitê de Infraestrutura do Movimento Pró-Paraná (MPP) e do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) reuniu-se nesta terça-feira (8/2) para conhecer os projetos de alternativas rodoviárias para o contorno da Baía de Guaratuba.
No encontro virtual, o comitê concordou em solicitar ao governo do Paraná que elabore um projeto e um Estudo de Viabilidade Técnica Econômica e Ambiental (EVTEA) para a rodovia de contorno da baía, no trecho Garuva/Rodovia Alexandra-Matinhos.
A correspondência assinada pelas entidades que integram o comitê será encaminhada ao secretário de Infraestrutura, Márcio Nunes, nos próximos dias.
A decisão foi tomada após apresentação dos engenheiros Adalberto Alves de Souza e Marcio Roberto Fernandes.
No início da reunião, Marcos Domakoski e Nelson Luiz Gomez, respectivamente presidentes do MPP e do IEP, ressaltaram a necessidade de adequar uma alternativa à BR-376, que liga os municípios de Garuva (SC) e Curitiba (PR).
Adalberto de Souza relembrou o projeto do Corredor Logístico Sul, que visa ao desenvolvimento do litoral do Paraná e dos portos do estado. O engenheiro apresentou as etapas de efetivação do projeto, exibindo o plano de estudos e revisões de projetos já existentes dos trechos ABC (Garuva-Cubatão-PR-508), além das diretrizes e traçados para estudos de viabilidade.
A apresentação seguiu com exposição de Marcio Fernandes, que discorreu sobre um estudo de viabilidade da BR 101 no Paraná, em ligação de Peruíbe (SP) a Garuva (SC), que tinha como foco as questões ambientais, políticas e de segurança estratégica. Após a exibição de um breve histórico do estudo, elaborado em 1978 pela Consultoria e Engenharia de Pavimento Rodoviário (Copavel) e que contou com sua participação, Fernandes discorreu também sobre as restrições da área e propôs a elaboração de um estudo mais moderno de disponibilidade do trecho.
O engenheiro Mário César Stamm Júnior, ex-Secretário do Transporte do Paraná (2010), destacou duas ações importantes que devem ser foco de atenção do comitê: a ligação rodoviária e a ponte ligando Guaratuba e Matinhos. Contudo, o engenheiro frisou a importância de separá-las conforme suas necessidades e urgências.
“As duas ações têm serventia objetiva. A ponte de ligação é algo que se discute há muito tempo e, muitas vezes, acaba saindo do foco e se misturando com a ligação rodoviária. Acredito que devemos trabalhar pelas duas causas, mas lembrando que são questões distintas, a serem tratadas com foco completo”, afirmou.
Coube a Gomez encerrar o encontro. “Se o Paraná quiser, essa é a solução. São 90% ou mais de reformas dentro do estado”, afirmou o presidente do IEP.